Alguns Problemas Adicionais
Seu Chamado Messiânico
Quando Jesus de Nazaré foi escolhido por Deus para ser o Messias? Escritores do Novo Testamento respondem essa questão de várias formas. A mais antiga Cristologia é encontrada em Paulo e nos discursos que Lucas insere em Atos; por exemplo: Romanos 1:4, Atos 2:32, 36; 5:31; 13:32-33 e Fil. 2:11-9. Como Romanos registra, Jesus foi declarado Filho de Deus por um ato poderoso no qual ele ressuscitou da morte (1:4). Entretanto, Marcos parece localizar o início da consciência messiânica de Jesus com o batismo. Com a descida do Espírito Santo, Jesus se tornou o Filho Unigênito de Deus (Marcos 1: 10-11). Mateus e Lucas empurram a ideia ainda mais para trás: Jesus é o Filho do Altíssimo porque o Espírito Santo foi responsável pela gravidez de Maria (Lucas 1:32, 34-35). Quanto ao Quarto Evangelho, ele assume que Jesus é a encarnação do Logos pré-existente que estava com Deus no início da criação (João 1:1-3). 19
De acordo com a teologia da Unificação, Jesus deve ter possuído uma crescente consciência de seu verdadeiro chamado anterior ao batismo. Deve ter ocorrido para ele algum encontro direto com Deus, alguma experiência específica de ser escolhido. Mas o Novo Testamento não dá nenhuma informação a este respeito. Como uma criança profundamente religiosa e um jovem muito sensível, Jesus pensou muito sobre como o sonho de seu povo poderia ser realizado. Ele também ponderou como poderia servir a Deus ao trazer a era messiânica. Provavelmente isso seja o que Lucas queria dizer ao relatar que Jesus cresceu em sabedoria e estatura, em favor de Deus e do homem (2:52).
Então qual foi o significado do batismo de João? Não que Jesus sentisse a necessidade de ter seus pecados lavados. Ao invés, ele queria se identificar publicamente com o novo movimento para o arrependimento e a re-consagração nacional. Jesus sentia que a obra de João poderia ser o primeiro passo no estabelecimento do reino de Deus. Com o auxílio de João, a própria vocação messiânica de Jesus teria uma chance de ser realizada.
Ainda mais significante, o batismo de Jesus retrata a passagem da providência do Velho Testamento e o nascimento da Era do Novo Testamento. Aos olhos de Jesus, João era o último dos profetas e a culminação da preparação do povo eleito para o Dia do Senhor. A função de João Batista era proclamar a chegada dos Últimos Dias. Portanto, através do rito simbólico do batismo, Jesus herdou a providência do Velho Testamento como um fundamento para sua própria nova e maior missão.
Genealogia de Jesus
A teologia da Unificação concorda com Mateus e Marcos que o papel messiânico de Jesus está intimamente conectado com sua herança ancestral. Ambos os escritores Sinópticos, embora de formas muito diferentes 20 insistem que Deus preparou para o advento do Messias por muitos séculos antes do nascimento de Jesus. As duas genealogias do Novo Testamento revelam quão cuidadosamente Deus estabeleceu um fundamento espiritual para a missão messiânica de Jesus.
Infelizmente muitos críticos bíblicos estão cegos para a mensagem central das genealogias do Evangelho. Eles nem percebem a confiabilidade histórica das duas tábuas ou se concentram nos objetivos doutrinários e apologéticos dos textos. Mas qual era o propósito principal de incluir a árvore familiar no Evangelho? Mateus e Lucas estavam interessados em legitimar as reivindicações messiânicas feitas por Jesus. Assim, Mateus traça a ancestralidade do Messias de volta até o Rei Davi e o patriarca Abraão, enquanto Lucas segue ainda mais até Adão, 21 o primeiro filho de Deus.
Não obstante, um propósito igualmente importante por trás das genealogias é demonstrar como toda a história dos hebreus, e até mesmo toda a história da humanidade desde Adão e Eva visualizava a realização do reino de Deus na terra. Utilizando o simbolismo místico baseado no número sete (Lucas) 22 ou quatorze (Mateus), os evangelistas estavam sugerindo que a pista secreta se encontra na esperança messiânica. Desde a queda de Adão e Eva, Lucas nos diz, Deus tem planejado a restauração da humanidade. Ou como Mateus coloca, todo o objetivo da história judaica é produzir um redentor messiânico.
Ao contrário de Lucas, Mateus inclui os nomes de quatro mulheres entre os antepassados de Jesus: Tamar, Raabe, Rute e Betsabá, a esposa de Urias, o Hitita. Comumente apenas os homens são mencionados em uma árvore familiar quando a sociedade é tão rigidamente patriarcal como aquela do antigo Israel. Então por que o evangelista acha útil mencionar estas mulheres específicas? Para responder essa questão, precisamos descobrir o que elas têm em comum. Primeiro de tudo, Tamar, Raabe, Rute e Betsabá alcançaram alguma notoriedade por causa de sua imoralidade sexual. Tamar fingiu ser uma prostituta a fim de ficar grávida (Gen. 38:26). Raabe era uma prostituta em Jericó que ajudou os israelitas a conquistarem sua cidade (Josué 2: 1-11). Rute convidou Boaz para deitar com ela (Rute 3:6-9) e Betsabá cometeu adultério com o Rei Davi (II Sam. 11:4). Isto não implica que haveria também alguma irregularidade sexual referente ao nascimento de Jesus? 23 Segundo, as quatro mulheres eram Gentias ao invés de Judias: Raabe e provavelmente Tamar eram Canaanitas; Rute era Moabita, e Betsabá era presumivelmente Hitita. Assim, Lutero sentiu que Mateus incluiu os nomes destas mulheres para mostrar que Jesus era o Salvador de toda a humanidade, e não apenas um Messias para os Judeus. Em terceiro lugar, todas as quatro foram instrumentos extraordinários da providência de Deus: Tamar se atreveu a desprezar as regras sociais a fim de perpetuar a linha familiar de seu esposo falecido. Raabe permitiu que os israelitas entrassem na Terra Prometida. Rute tomou a iniciativa em uma união conjugal que definitivamente produziu o Rei Davi. E o adultério de Betsabá levou ao nascimento de Salomão. Consequentemente, na piedade judaica pós-bíblica, essas quatro mulheres foram elogiadas como ilustrações de como Deus pode utilizar meios inesperados e não convencionais a fim de conduzir Sua providência. 24
O Nascimento Virginal
Ambas as genealogias de Lucas e de Mateus traçam a linha familiar de José. Quase nenhum estudioso moderno tenta resolver as diferenças entre elas conjecturando que uma pertencia à Maria. 25 Entretanto, se Jesus não era o filho legítimo de José, qual valor haveria em traçar a linhagem de José de volta até Davi, Abraão ou Adão?
Isto provoca a questão, quão importante é o conceito do nascimento virginal para a obra messiânica de Jesus? É um dogma essencial da fé cristã acreditar que Jesus não teve nenhum pai físico? Qual valor teológico está ligado com a Virgem Maria? 26
Todas as antigas crenças afirmam a virgindade de Maria. Entretanto, esta unanimidade não se aplica ao Novo Testamento. Mateus e Lucas somente contam histórias da infância sobre Jesus. Marcos, João e Paulo ignoram completamente a ideia que Maria deu nascimento ao seu filho sem se unir com um homem. Paulo faz duas referências muito vagas sobre o nascimento de Jesus. Em Gálatas ele escreve que “Deus enviou Seu Filho, nascido de uma mulher” (4:4-5) e em Romanos ele fala que Jesus “nasceu da descendência de Davi” (1:3). Estes textos não apoiam a doutrina do nascimento virginal. Quanto a Marcos e João, esses Evangelhos expressam tão pouco interesse na natividade, que Marcos não menciona o nome de José, e João não nos diz o nome da mãe de Jesus. Por causa deste silêncio constrangedor sobre a virgindade de Maria na maior parte do Novo Testamento, um estudioso bíblico Católico contemporâneo duvida que a história da concepção virginal foi manipulada pela família de Jesus para os apóstolos. 27 Além dos primeiros capítulos de Mateus e Lucas, o nascimento virginal é completamente ignorado nos relatos da vida adulta, ministério, morte e ressurreição de Jesus. 28
A seguir, a noção da virgindade de Maria pode ter algo a ver com uma tradução incorreta de um texto messiânico tirado de Isaías. A versão hebraica de Isaías 7:14 afirma que “uma jovem” dará nascimento a um filho a quem ela chamará de Emanuel. Entretanto, a tradução grega Septuaginta afirma que “uma virgem estará com uma criança a quem eles chamarão de Emanuel.” Porque Mateus acreditava que Jesus era o Messias cuja vinda foi prevista exatamente na Escritura, ele concluiu que Jesus deve ter nascido de uma virgem. 29
Alguns estudiosos insistem que as histórias da infância se originaram em um ambiente palestino, e que antes do ministério de Jesus, judeus helênicos acreditavam que o Messias deveria nascer de uma virgem. 30 Outros defendem que a doutrina do nascimento foi um produto do Cristianismo Gentio. No mundo helênico, era um prática comum afirmar que um homem famoso era o filho de um deus, como por exemplo, Platão, Alexandre o Grande e Júlio César.
Além da historicidade duvidosa do nascimento virginal, a doutrina teve profundas implicações teológicas. Primeiro, porque um nascimento virginal seria a única forma para Cristo ser livre do pecado original. Para redimir a humanidade, Jesus Cristo simplesmente tinha que possuir uma natureza humana “não decaída.” Porque ele nasceu da Virgem Maria, sua carne era imaculada para que ele pudesse servir como nosso redentor.
Entretanto, essa visão é amplamente questionada nestes dias. No mundo antigo, acreditava-se que somente o masculino produzia uma criança e que o feminino meramente servia como um vaso no qual o bebê era carregado. A ciência moderna provou que ambos os pais determinam a constituição física e psicológica do filho. Sendo que tanto o pai como a mãe transmite qualquer efeito biológico do pecado original, isto não tornaria Jesus sem pecado ao privá-lo de um pai humano. Ainda mais importante, os cristãos atualmente questionam a noção que o intercurso sexual 31 seja intrinsicamente pecaminoso.
Uma segunda justificativa teológica para o nascimento virginal era defendida por Barth.32 O nascimento virginal demonstra que Deus nos reconcilia por Seu próprio esforço. Nossa salvação vem inteiramente de Deus. A redenção é somente Sua obra. Nós não somos de forma alguma parceiros com Ele.
Mas esta defesa do nascimento virginal sofre de graves defeitos. O conceito bíblico de salvação repousa em um relacionamento de aliança entre Deus e o homem. Salvação exige um processo de dar e receber mútuo, para utilizar a linguagem do Princípio Divino. Como Brunner repetidamente tentou dizer para Barth, reconciliação nunca pode ser unilateral. A iniciativa de Deus deve estar acompanhada por uma resposta humana adequada.
William Barclay afirma que os cristãos não precisam tomar a história do nascimento virginal de forma literal. 33 As histórias da infância podem ser formas encantadoras e poéticas de dizer que mesmo se Jesus tivesse um pai humano, o Espírito Santo de Deus operou em seu nascimento de uma forma especial. Como os antigos judeus costumavam ensinar, para produzir uma criança é necessário ter três parceiros – o pai, 34 a mãe e Deus.
Então José era o pai de Jesus? Se sim, por que foi necessário inventar uma lenda de nascimento virginal? O Judaísmo não esperava um Messias nascido de uma virgem, de acordo com Strack-Billerbeck em Commentary on the New Testament from the Talmud and Midrash. 35 Essa hipótese representa uma “novidade absoluta” para o pensamento judaico. Contudo, o Padre Brown indica que, com exceção dos ebionitas, os cristãos geralmente concordam que José não estava implicado de forma nenhuma na concepção de Jesus. Assim, pode-se apenas supor que outra pessoa foi responsável. Desde tempos muito antigos, críticos judeus do Cristianismo reivindicam que Maria teve ,sup>36 um caso ilícito com um soldado romano chamado Pandera. Essas alegações parecem ter sido concebidas muito depois das narrativas do Novo Testamento a fim de refutar o que os cristãos estavam ensinando.
Uma explicação melhor foi oferecida pelo Dr. Leslie Weatherhead, o ministro por muito tempo em City Temple, Londres. 37 Por todo o antigo Oriente Médio (e Índia) uma cerimônia “de matrimônio sagrado” era frequentemente conduzida na qual o sumo sacerdote ou o rei desempenhava o papel de um mensageiro divino. Durante estes rituais, ele se casava com uma virgem simbolizando a união sagrada do deus sol com a deusa terra. A descendência desse acasalamento era considerada como uma encarnação divina.
Agora Zacarias era o sacerdote encarregado do templo, enquanto Maria teve uma experiência mística na qual ela concordou em ser uma “menina serva do Senhor.” Embora fosse um homem idoso, Zacarias não era impotente, pois ele tinha acabado de engravidar sua esposa Elizabeth, a despeito do fato que ela tinha passado do tempo normal para engravidar.
Quando o anjo Gabriel anunciou para Maria que ela daria nascimento ao Messias, ela respondeu, “Como pode ser isto, sendo que eu não conheço um homem?” Então o anjo disse a ela que o Espírito Santo viria sobre ela e o poder do Altíssimo a cobriria (Lucas 1:35).
Logo que a jovem ouviu que ela tinha sido escolhida para dar nascimento ao Filho de Deus, ela “foi com pressa e entrou na casa de Zacarias” (Lucas 1:39). Entregando-se ao ancião sacerdote, Maria provaria que ela era realmente uma donzela do Senhor. Esse gesto de total rendição, longe de ser considerado imoral no mundo antigo, revelou o mais elevado grau de dedicação espiritual. Ao se unir com o sacerdote, Maria “achou graça diante de Deus” (Lucas 1:30). O Dr. Weatherhead conclui: Se alguém rejeita a hipótese do nascimento virginal, então a união do sacerdote Zacarias e a jovem Maria absolutamente devota, em algo como os rituais de matrimônio sagrado tradicional, fornece uma solução que atende essas evidências que possuímos nas Escrituras. 38
19 Cf. H. Ming, On Being a Christian (1976), pp. 384-389.
20 O Padre Brown observa várias das “enormes” diferenças. Entre Abraão e Jesus, a genealogia de Lucas contém 56 nomes, mas apenas 41 em Mateus. No período monárquico de 400 anos, as duas listas discordam de todos, exceto de Davi. Quanto à era pós-monárquica, as cronologias dão apenas os mesmos dois primeiros nomes e os mesmos dois últimos. Talvez mais problemático, Lucas não traça a linhagem de Jesus através do filho de Betsabá, Salomão, mas através de Natã. Claro, Lucas não se refere às quatro mulheres que Mateus pensa que são tão importantes.
21 Para uma análise cuidadosa dos problemas históricos e dos propósitos doutrinários das genealogias, cf. R. E. Brown, The Birth of the Messiah (1977), pp. 57-95.
22 Muito significativamente, o Padre Brown se refere ao “número mágico” quatorze, pp. 78-84.
23 Cf. J. A. T. Robinson, The Human Face of God (1973), pp. 59-63. O bispo Robinson sustenta que não se pode descartar a possibilidade de Maria, como a esposa de Oséias, ter exemplificado “o escândalo do amor divino” que desafia nossos padrões morais convencionais. O que os judeus condenaram como o pecado de adultério, os cristãos podem ter visto como um ato divino de significado providencial. Ver E. Stauffer, Jesus and His Story (1960), p. 25, para uma sugestão semelhante.
24 Brown, op. cit., pp. 73-74. De acordo com o midrash judeu, Deus prometeu a cada uma dessas mulheres que ela desempenharia um papel importante na preparação para a era messiânica, como o rabino Josef Hausner indica em seu artigo “Matthew’s Genealogical List” (1969).
25 Lucas 3:23 fala de José, filho de Heli; Mateus se refere a Jacó, o pai de José (1:16).
26 Para material de apoio, ver T Boslooper, The Virgin Birth (1962), um excelente estudo dos aspectos histórico, exegético e teológico da doutrina. Além disso, The Virgin Birth in the Theology of the Ancient Church (1964) pelo historiador da Igreja de Heidelberg Hans von Campenhausen.
27 Brown. op. cit., p. 521.
28 O corpo desses Evangelhos mostra que as pessoas entre as quais Jesus foi criado não sabiam nada sobre sua extraordinária infância (Mateus 13:53-58; Lucas 4:31-37), Brown, Ibid., p. 33.
29 A. Harnack, History of Dogma explicou a idéia do nascimento virgem como um mal-entendido das escrituras do Antigo Testamento.
30 Cf. E. Schillebeeckx, Jesus (1979), p. 729, nota 9.
31 A idéia de que o sexo por si ser mau é muitas vezes rastreada até o contraste grego pagão entre carne e espírito. Há também motivos hebraicos para uma visão semelhante. O parto torna alguém impuro, de acordo com a Lei Mosaica e Salmos 51:5 que diz, “No pecado minha mãe me concebeu.”
32 K. Barth, “The Miracle of Christmas” in Church Dogmatics, vol. 1, pt. 2, 15:3, pp. 172-202. Para uma defesa um pouco diferente do valor simbólico da doutrina do nascimento virgem, cf. J. Macquarrie, Principles of Christian Theology (1977), pp. 280-282.
33 Estudiosos do Novo Testamento que duvidam da historicidade das histórias de nascimento virgem incluem J. Weiss, Hamack, Bornkamm, Enslin, Kummel, Conzelmann, von Campenhausen, Boslooper, Dibelius, Goguel, Goodspeed, Lake, Bacon, Knox, Bultmann, Guignebert, Loisy , Perrin. Os teólogos que negam que o nascimento virginal seja uma parte essencial da doutrina cristã incluem Tillich, Brunner, Schubert Ogden, Pannenberg, Nels F. S.Ferre, Bultmann e J. A. I. Robinson. Pregadores proeminentes e líderes da igreja que detêm uma opinião semelhante incluem Harry Emerson Fosdick, Leslie Weatherhead e Bishop James Pike. Alguns dos acima-como Boslooper-insistem que o nascimento virginal como um símbolo tem grande valor para cristãos contemporâneos.
34 W. Barclay, The Gospel of Luke (1956), p. 7.
35 Strack-Billerbeck, vol. 1, pp. 49 ff., cf. Bultmann, History of the Synoptic Tradition (1972), p. 291.
36 Ver Origen, Against Celsus 1: 28-33 and R. E. Brown, “The Charge of Illegitimacy,” Birth of the Messiah, pp. 534-542.
37 P. E. Weatherhead, The Christian Agnostic (1965), pp. 102-105.
38 L. E. Weatherhead, The Christian Agnostic, pp. 102-105. A principal fraqueza desta especulação, como Weatherhead admite, é o uso questionável de práticas rituais muito antigas para explicar algo que ocorreu na Palestina do primeiro século. Weatherhead sugere que mesmo que os saduceus e fariseus do templo de Jerusalém se opusessem a tais ritos sexuais obsoletos, isso não deveria ter sido verdade em relação às crenças e práticas na região montanhosa palestina. Possivelmente poderia ser feito um melhor caso indicando que Maria naturalmente sentiu que a mensagem do anjo significava que ela deveria se unir a um respeitado “homem santo” para produzir o Messias.