Agostinho sobre Pecado Original

Santo Agostinho assumiu as referências de Paulo sobre pecado, as desenvolveu e sistematizou. Assim, ele é frequentemente elogiado ou culpado como o pai do conceito de pecado original. Sua teologia moral foi grandemente influenciada por suas controvérsias com dois grupos rivais, os Pelagianos e os seguidores de Mani. Os seguidores de Pelágio ensinavam que Deus criou o homem bom; e que se caímos, fizemos isso por causa de nossos pecados pessoais. Crianças nascem sem pecado, e como Adão, elas caem deste estado original de inocência por causa de seus atos voluntários de maldade. Portanto, não há nenhum pecado original que corrompeu a natureza humana e nenhum pecado que seja herdado de nossos pais.

A Realidade de Satanás

Tradicionalmente, teólogos cristãos têm utilizado o conceito de Satanás para explicar a Queda do homem. Entretanto, desde a Era da Razão, mais e mais cristãos têm tentado descrever o pecado original e a natureza decaída da humanidade sem referência ao trabalho de um poder demoníaco pessoal. Por exemplo, Satanás não desempenha quase nenhum papel nas teologias de Schleiermacher, Ritschl, Barth, Brunner, Tillich, Reinhold Niebuhr, Teilhard de Chardin ou dos teólogos modernos. Uma notável exceção é encontrada no pensamento do teólogo alemão contemporâneo Helmut Thielicke. 14

Significado da Família

No século XX, doutrinas Protestantes sobre o homem têm enfatizado o relacionamento e responsabilidade humana. Um indivíduo se torna uma pessoa madura através de suas conexões com os outros. Ninguém pode realmente existir por si mesmo ou para si mesmo. Os homens são criaturas sociais. Eles nascem em uma sociedade, e são moldados por seu grupo. A teologia do processo e a teologia da libertação enfatizam esta dimensão social do homem. Ambas se opõem a uma interpretação puramente individualista da natureza humana. Quem somos e o que fazemos depende do nosso envolvimento na vida e das atividades em grupo.

A neo-ortodoxia enfatiza a natureza responsável do homem. Temos obrigações para com os outros e ainda mais significantemente com Deus. Quando Bonhoeffer estava na prisão esperando a execução por suas atividades antinazistas, ele compôs um poema sobre a doutrina cristã do homem. “Quem eu sou?” ele perguntou. Ele era o alegado criminoso que permaneceu firme a despeito do confinamento? Ele era aquele que “conversava livremente” com seus captores, como seus carcereiros pensavam? Ou ele era uma pessoa inquieta, irritada e cansada que ele pensava ser? Em última análise, nenhuma destas coisas. Mais do que qualquer outra coisa, ele pertencia a Deus. “Quem quer que eu seja, eu sou teu, Ó Deus,” ele confessou. 40 Um cristão reconhece que ele deve lealdade a Deus. Sendo que Deus criou o homem, o homem é moralmente obrigado a servi-Lo.

Visões Modernas da Queda

Tradicionalmente, a doutrina cristã do homem decaído tem sido conectada com a história do Gênesis de Adão e Eva. Entretanto, a confiabilidade histórica do relato da Queda tem sido cada vez mais questionada. Aqueles que negam a validade da narrativa do Éden fazem isto por duas razões. Por um lado, é difícil conciliar o relato de Adão e Eva com as teorias científicas modernas. Por outro lado, estudiosos bíblicos tendem a lançar dúvidas sobre o relato do Gênesis ao interpretá-lo à luz das antigas lendas babilônicas e canaanitas. 2

O Ensinamento do Novo Testamento Sobre Pecado

A. Nos Evangelhos Sinópticos:

Em Marcos, Mateus, Lucas e Atos, pecado se refere à fonte das más ações ao invés de atos específicos. Os homens são uma ninhada de serpentes venenosas cujos corações estão cheios com o mal (Mateus 12:34). Marcos 7:21 lista doze males (começando com fornicação) que se originam no coração e tornam o homem imundo. Pecado implica o domínio de Satanás sobre o homem. Os Pergaminhos do Mar Morto ensinam que os homens estão sujeitos às regras de Belial, e os Sinóticos interpretam a missão de Jesus como uma confrontação com o poder de Satanás. Pedro descreve o ministério de Jesus como “fazer o bem e curar todos aqueles que tinham caído sob o poder do diabo...” (Atos 10:38). Paulo pregou para os gentios para que eles pudessem se converter “do domínio de Satanás para Deus, e receber... uma parte da herança dos santificados…” (Atos 26:18).

Teologia da Unificação sobre a Queda

O Gênesis descreve o estado ideal do homem como um tempo de inocência despreocupada, paz, harmonia e alegria. Este estado original de Adão e Eva era derivado de sua íntima amizade com Javé. Para indicar quão agradável era a condição humana primitiva, o autor bíblico comparou a situação do homem com a vida em um parque privado reservado para o relaxamento dos imperadores da Pérsia, ou seja, o jardim do Éden era um paraíso feito por Deus para o relaxamento e satisfação Dele mesmo e Seus convidados reais. Então o homem foi criado e colocado no próprio parque privado de Deus como um sinal da posição especial do homem. Como o rei dos reis persas permitiam somente que seus cortesãos favoritos passeassem por seus magníficos jardins imperiais, assim Adão e Eva receberam o raro privilégio de desfrutar do próprio parque privado de Deus. O que o cronista Javenista estava indicando é a vasta diferença entre o estado original do homem e sua atual condição. Utilizando imagens familiares, ele contrastou a facilidade, beleza e deleite da vida de um nobre do Oriente Médio com a existência dura e problemática de um típico camponês beduíno. Essa, o Gênesis afirma, é a diferença entre a vida do homem antes e depois da Queda. 15

Revelação e Razão

Uma definição clássica de revelação pode ser encontrada nas primeiras páginas da Summa Theologica de Tomás de Aquino. 1 Ele afirma que para nossa salvação, é necessário ter conhecimento revelado por Deus, além do conhecimento construído sobre a razão humana. Embora o homem esteja naturalmente direcionado para Deus, ele precisa de revelação porque Deus está além do alcance da razão. Embora algumas verdades sobre Deus possam ser descobertas apenas pela razão, mesmo assim a revelação serve para um propósito útil. Somente algumas pessoas têm o tempo ou a capacidade para alcançar o conhecimento de Deus pela razão. Isto exigiria muito tempo, e suas conclusões poderiam estar misturadas com erros humanos. Assim, a doutrina sagrada não deriva seus princípios de qualquer conhecimento humano, mas a partir da verdade divina. Sendo que a teologia está baseada na revelação, qualquer coisa que seja encontrada em outras ciências contrárias à verdade desta ciência sagrada deve ser condenada como falsa, declarou São Tomás.

Sun Myung Moon

A fim de entender a mensagem do Princípio Divino, é útil saber alguma coisa sobre seu mensageiro. Sun Myung Moon nasceu na vila norte-coreana de Jung-ju no dia 6 de janeiro de1920, de acordo com o calendário lunar.

Seu avô foi o primeiro a reconhecer que ele era excepcionalmente dotado. Quando criança, Sun Myung Moon não toleraria injustiças ou abusos infligidos aos outros. Consequentemente, ele foi muitas vezes ridicularizado ou até mesmo espancado por seus companheiros mais velhos. Se ele visse adultos tirando vantagem de crianças desamparadas, ele ficaria enfurecido, se deitaria no chão, e choraria alto batendo seus braços e pernas no chão. Embora seu corpo ficasse ferido, ele se recusava a parar de protestar até que aqueles culpados admitissem seus erros. Assim, desde a infância ele demonstrou um extraordinário senso de justiça e uma vontade indomável.

A Parceria de Deus e o Homem

Na Bíblia, o processo dar e receber é ilustrado pela noção de uma aliança divino-humano. Deus fez alianças com Noé, Abraão e Moisés. Os cristãos descrevem seus escritos sagrados como o Novo Testamento, a nova aliança, em oposição à velha aliança de Deus com os filhos de Israel. A ideia de uma aliança é uma das doutrinas essenciais das Escrituras. 34

O que significa ratificar a aliança? Uma aliança é frequentemente um acordo político ou militar entre duas nações. Cada lado aceita determinadas tarefas em troca pela promessa de determinados benefícios. Assim, quando esta “aliança” do mundo secular foi aplicada à religião, ela se referia ao relacionamento dar e receber entre o homem e Deus. Cada parte concordava em aceitar algumas responsabilidades definidas pelo benefício de receber algumas vantagens específicas.

Prefácio   Cada tópico na teologia cristã tradicional é um tema de debate acalorado. Teólogos Protestantes […]